sexta-feira, 15 de abril de 2011

Dragão Fashion - 3º dia

Continuo fugindo das palestras. Não que não sejam boas, mas acho um desconforto o local onde acontecem. O terceiro dia começou com o concurso novos talentos. Muita gente talentosa vinda de Minas, Piauí e os da terrinha. Esse concurso nos faz visualizar os futuros grandes estilistas que encontraremos. Foi gratificante um bate-papo com o fotógrafo Daniel Malva. Genial esse cara. Inventa e reinventa mecanismos da fotografia. Acompanhar o trabalho de backstage é sempre muito corrido, mas não deixa de ser engraçado. Ouvi muitas histórias. Agora, não sou contra manifestações públicas de carinho com a presença de torcidas. E ainda acho que todas as equipes podem ser livres para dirigirem seus desfiles como quiserem. Gostei muito do desfile de Matias e Kallil Nepomuceno, em extremos. Dois estilos diferentes mas competentes. No salões, muita champagne correndo solto e periguetes à solta. No fim, na batalha de Ipods, não vi nenhum. Apenas uma festa regada à música eletrônica e cerveja. E a paquera rolou à vontade.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Dragão Fashion - 2° dia

Fiquei pensando hoje em Guy Debord em "A sociedade do espetáculo" ao sentar para assistir o segundo dia do Dragão Fashion. A tarde começou com o concurso dos novos talentos. Havia muita criatividade e a ausência dela em algumas criações. Destaque para os alunos da Universidade Federal do Ceará. Não conhecia Lázaro de Souza, mas admirei muito suas peças e criatividade. Força na lycra. Entre os defiles, me diverti com os looks dos passantes, entre gostos  e desgostos. Vibrei com o trabalho de Lindemberg Fernandes entre muitas cores e rendas de bilrros. Vibrante. Adorei as meias de crochet e modelos masculinos. Decepção com Melk Zda. Roupas mal acabadas e não ajustadas às modelos. Gostei dos azuis de Sá Maria. E por fim, Yuri Costa mostrou ao que veio. Viajei na imaginação em modelos bem acabados e boa combinação de tecidos com couros sintéticos .

terça-feira, 12 de abril de 2011

Dentro do Dragão Fashion -1º dia

Depois de anos fora, voltei hoje aos corredores do Dragão Fashion. Bom encontrar amigos, velhos amigos. Andar entre os passantes foi divertido, principalmente cruzar com alguns tipos "fashion" . Moda é isso. Esse ano o artesanato foi bastante valorizado na temática do evento, com muitos stands a expor produtos artesanais e a vendê-los. Muito legal um espaço dedicado a tatoo, feito com bastante criatividade. Não vou me extender muitos aos desfiles, mas bom ver novos talentos e talentos consagrados como Mark Greiner. Como espetáculo, a moda de Greiner cumpre seu papel dentro do picadeiro da passarela. A música inicial já nos preparava para "Uma vez no Oeste". Tivemos vaqueiras, mulheres de saloon e damas do oeste.O que mais me agradou foi o acabamento impecável das peças e modelagem. Um vestido cinza em chifon e paetês lembrou alguns mestres da alta costura. Moda é cultura.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Sahara

Criado por Yves Saint Laurent, a jaqueta Saharienne popularizou-se como um estilo em 1968. O nome é uma homenagem clara ao deserto do Saara. YSL era argelino, um país do norte da África. Popularizado o estilo, logo tornou-se uma referência . Na semana de moda primavera-verão 2011-2012 de Paris, Jean Paul Gualtier fez uma versão Saharienne masculina. Muito dentro dentro da moda  e tudo a ver com nosso clima a bermuda, a sandália. Claro que estamos na versão "Mormaço" no Ceará, e só um louco para sair de casaco no outono cearense. Mas sai a jaqueta e entra uma blusa branca básica, e tudo fica perfeito.Mas sempre haverá alguem perdido e que usará a jaqueta em algum evento. Tem gosto e desgosto para tudo.

Yves Saint Laurent
Por CLAUDIA GARCIA
Yves Henri Donat Mathieu Saint Laurent nasceu em Orã, na Argélia, no dia 1º de agosto de 1936. Sua família, de origem alsaciana, havia deixado a França em 1870.
Sempre muito interessado em artes, especialmente pelo teatro, não demorou para entrar no mundo da moda. Chegou em Paris em 1954 e logo passou a frequentar a École de la Chambre Syndicate de la Haute Couture. Pouco tempo depois, ganhou um concurso internacional de moda com um vestido de coquetel, o que impressionou não só o então editor da revista Vogue, Michel de Brunhoff, mas também o já célebre Christian Dior, que logo o contratou como assistente.
A morte de Dior, no auge de sua carreira, em 1957, acabou transformando o jovem Saint Laurent no novo estilista da maison. Em sua primeira coleção para a grife Christian Dior, lançada em 30 de janeiro de 1958, apresentou os vestidos trapézio, de ombros estreitos e saia evasê - um grande sucesso na época. Com isso, ganhou o prêmio Neiman Marcus e o apelido de "Christian 2, o jovem triste".

Na coleção de 1960 não agradou muito com seus blusões de couro preto sobre blusas de gola rolê. Mais tarde, o look se tornaria sucesso nas mãos de outros estilistas com o nome de "beatnik chic".
Em setembro do mesmo ano, Saint Laurent foi chamado para servir na guerra da Argélia e acabou sendo substituído na maison Dior por Marc Bohan.
Em 1961, decidiu abrir sua própria maison com a ajuda de Pierre Bergé, seu amigo e companheiro até os dias de hoje. Seu primeiro desfile com a marca Yves Saint Laurent aconteceu em 29 de janeiro de 1962 e, a partir daí, a sigla YSL se tornaria sinônimo de elegância e vendas, alavancadas por uma série de licenças da marca, como meias, lenços, chapéus, bolsas, bijuterias, cintos, óculos e perfumes distribuídos em diversos países.
Em 1965, uniu moda e arte ao criar os vestidos tubinho inspirados nos trabalhos do holandês Piet Mondrian (1872-1944), artista plástico fundador do neoplasticismo [que usa um vocabulário restrito às verticais e horizontais e às cores puras]. O vestido se tornaria um ícone da moda.
Outros artistas também o inspiraram em suas criações, como Pablo Picasso, Georges Braque, Andy Warhol, Velázquez e Delacroix.

Em 1966, Saint Laurent abriu a sua primeira butique de prêt-à-porter, a YSL Rive Gauche [que ficava exatamente do lado esquerdo do Sena] na rue de Tournon, em Saint-Germain-des-Près. Ele foi o primeiro costureiro parisiense de alta-costura a abrir uma butique de prêt-à-porter de luxo.
Acima de tudo, Saint Laurent sempre foi um inovador, até mesmo um revolucionário da moda, sempre buscando novas formas e atitudes para vestir as mulheres. Ainda em 1966, na coleção de verão de alta-costura, criou o smoking feminino, marca registrada do estilista. Nas palavras de Pierre Bergé, "Chanel libertou as mulheres e Saint Laurent lhes deu o poder", representado não só no smoking, mas também em outros clássicos, como os terninhos com pantalona. Foi ele quem transformou o blazer, o casaquinho de marinheiro e o vestido-camisa em ingredientes clássicos do guarda-roupa feminino.
Para Suzy Menkes, editora inglesa do International Herald Tribune, Saint Laurent mostrou outras possibilidades à mulher: "Hoje as mulheres andam normalmente de terno e calça comprida. Isso parece normal, cotidiano, mas na época a mulher era proibida de entrar num restaurante ou num hotel. O smoking, usado até hoje, foi uma provocação sexual, dirigido à mulher que queria ter um outro papel".

Em 1968, apresentou modelos surpreendentes como a saharienne [jaqueta tipo safári] e as blusas transparentes. No ano seguinte, abriu a butique Saint Laurent Rive Gauche para homens, em Paris.
Em 1971, a "Coleção 40", de verão, mostrou vestidos estilo anos 40, com as costas nuas [um escândalo e um enorme sucesso de vendas] e Saint Laurent causou surpresa ao posar nu para o fotógrafo Jeanloup Sieff para o lançamento de seu perfume masculino.
Em seguida, vieram as coleções da África [com muitos tops coloridos, estampas e dourados, entre materiais como ráfia e palha] e Rússia [em 1976, com muitos mantôs, saias amplas, veludos, casaquinhos e coletes bordados]. Saint Laurent trabalhou ainda outras coleções étnicas como Espanha, China e Índia.
Em 1977, lançou o perfume "Opium", mais um escândalo [por causa da referência do nome à droga] e mais um sucesso comercial.

Apaixonado pelo teatro, desenhou cenários e roupas para espetáculos de Edmond Rostand, Marguerite Duras ou Jean Cocteau. No cinema, vestiu atrizes como Claudia Cardinale e principalmente Catherine Deneuve, em filmes como "A Bela da Tarde" (1966) de Luis Buñuel e "A Sereia do Mississipi" (1969) de François Truffaut. Deneuve, que foi a madrinha da primeira butique Rive Gauche de Saint Laurent, é sua grande amiga até hoje, sempre presente em todos os seus desfiles.
Em 1982, o estilista recebeu o prêmio internacional do CFDA (Council of Fashion Designers of America) e, em 1983, comemorou 25 anos de criação com uma exposição no Metropolitan Museum of Art de Nova York, sob a curadoria da lendária editora da Vogue, Diana Vreeland (1903-1989). No mesmo ano, lançou o perfume "Paris", outro sucesso de vendas.
Em 1985, foi condecorado pelo então presidente francês François Miterrand com a legião de honra e ganhou o Oscar da Moda. Em 1986, foi realizada uma exposição inédita no Louvre, em Paris, com suas criações. Era a primeira vez que um costureiro expunha seus trabalhos no museu.

Em 1986, Pierre Bergé convenceu Saint Laurent a vender o setor de confecções da YSL ao grupo têxtil francês Mendés e usar o dinheiro para comprar o grupo de cosméticos Charles of the Ritz, que possuía os direitos de licenciamento da bem sucedida linha de perfumes do estilista.
Já em 1993, vendeu a grife para o grupo estatal Sanofi Beauté, braço farmacêutico do grupo de petróleo Elf-Aquitaine, o que chegou até a causar uma certa polêmica na época, por causa da suposta ajuda do presidente Miterrand, que era amigo de Pierre Bergé, nas negociações.

Em 1998, ganhou um desfile-retrospectiva em pleno campo de futebol, antes da final da Copa do Mundo da França. Além disso, o guarda-roupa da Copa, que contava com 4.200 uniformes, 19 mil peças e dez mil acessórios, foi assinado pelo estilista e encomendado pessoalmente por Michel Platini, que era o presidente do comitê organizador da Copa.

Em 1999, a marca, incluindo o prêt-à-porter, perfumes e demais artigos, foi comprada por valores que teriam chegado a US$ 1 bilhão, pelo empresário francês François Pinault, do grupo Pinault-Printemps-Redoute, que detém a italiana Gucci. Com isso, a partir de outubro de 2000, após a demissão de Alber Elbaz [o estilista que assinava a linha prêt-à-porter, escolhido por Saint Laurent] em fevereiro, a linha Rive Gauche (prêt-à-porter), passou a ser criada pelo texano Tom Ford, também criador da Gucci. Por contrato, Saint Laurent deveria ficar com duas coleções de alta-costura por ano até 2006.

Um sinal de seu descontentamento se deu em janeiro de 2001, quando Saint Laurent (que nunca havia assistido a nenhum outro desfile) compareceu ao de Hedi Slimane, seu ex-diretor da linha masculina que começava a trabalhar para a Dior, propriedade do grupo concorrente LVMH, ao invés de assistir ao desfile de Tom Ford, que fazia uma espécie de homenagem ao estilista.
No dia 7 de janeiro de 2002, Yves Saint Laurent convocou uma coletiva de imprensa para anunciar que estava se despedindo do mundo da moda. "Escolhi dizer hoje adeus a esta profissão que eu tanto amei." Disse também que seu sentimento era de desgosto por uma indústria que se rege pelo comércio em detrimento da arte.
Em 22 de janeiro, no Centre Georges Pompidou, em Paris, aconteceu o último desfile de alta-costura de Yves Saint Laurent. Foi uma grande retrospectiva das suas criações em uma hora e meia em que um exército de modelos desfilou as criações clássicas da marca, como a saharienne e o famoso smoking, entre blusas transparentes, vestidos Mondrian e Pop Art, além dos eternos terninhos andróginos. No encerramento, além das 60 modelos vestidas com o "le smoking", Catherine Deneuve emocionou os convidados ao cantar para seu amigo de tantos anos.

Jean Paul Gaultier
Estilista francês nascido em 1952, em Arcueil, um subúrbio de Paris. Na sua adolescência faltava a muitas aulas para ir desenhar roupas ou para aprender com a avó a fazer maquilhagem e arranjos de cabelo. Aos 18 anos, começou a carreira no mundo da moda como desenhador assistente da tradicional casa Pierre Cardin. Pelo meio colaborou com Jacques Esterel e Jean Patou.
Apesar destes antecedentes convencionais, quando, em 1976, se lançou com a sua própria marca, o estilo irreverente de Gaultier baseava-se mais no movimento punk londrino da época do que nas tendências da moda parisiense. No mesmo ano, fez a primeira mostra do seu trabalho no Palácio da Descoberta, em Paris, onde apresentou roupa inspirada em esteiras de palha.
Conhecido pelos seus shows exóticos, foram precisos vários anos para que Gaultier fosse bem aceite no meio parisiense. Como o costureiro, na altura não obteve apoio financeiro por parte dos investidores franceses e acabou por ser o grupo japonês Kashiyama a apoiá-lo no lançamento da sua primeira coleção temática. Assim, para o outono/inverno 79/80, Gaultier lançou a coleção James Bond. As suas criações desafiam o convencional, como aconteceu quando, em 1988, apresentou propostas de saias para homem, ou quando, em 1990, desenhou, para a cantora norte-americana Madonna usar na sua digressão mundial, um espartilho que mais parecia uma peça de roupa interior.
O traço de Gaultier é uma paródia ao estilo convencional da moda internacional, mas, ao mesmo tempo, consegue redefinir as tendências tradicionais, introduzindo novos conceitos. As suas extravagâncias tornaram-no mais famoso do que muitos dos estilistas contemporâneos e valeram-lhe alguns convites para atividades exteriores ao mundo da moda, como um que o levou a apresentar um programa televisivo inglês chamado "Eurotrash".
Gaultier criou ainda uma linha de perfumes, ao que diz inspirados nas fragrâncias utilizadas pela avó, onde os frascos têm forma de homens e mulheres, alguns dos quais feitos em lata, o que foi outra inovação. O próprio Gaultier aparece em muitos dos anúncios de televisão dos perfumes.
O estilista participou ainda na elaboração do guarda-roupa de alguns filmes, como aconteceu, em 1989, na obra do galês Peter Greenway, O Cozinheiro, o Ladrão, a Mulher e o Amante, e, em 1997, na história de ficção científica O Quinto Elemento, do realizador francês Luc Besson, com a participação de Bruce Willis e da modelo e atriz Mila Jovovitch.
Em 1996, Gaultier lançou a sua primeira coleção de alta-costura que conheceu um enorme êxito, tendo sido classificada como uma lufada de ar fresco na já algo estagnada moda parisiense. Curiosamente, em simultâneo, começava a notar-se uma acalmia nas criações do até aí irreverente Gaultier, que ganhou o título de "enfant terrible" da moda francesa.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Balenciaga-o arquiteto da moda.

Balenciaga foi e sempre será o mestre dos mestres.

"Não acrescente detalhes inúteis a um vestido. Não coloque uma flor simplesmente porque você tem vontade de fazê-lo, mas para indicar o centro da cintura, o ponto final de um desenho."
Balenciaga
 
 
O purista e classicista Balenciaga era um homem discreto, exigente e de uma elegância refinada. Era um dos poucos estilistas que sabia cortar e costurar com perfeição.

Chanel uma vez disse que "só Balenciaga é um verdadeiro costureiro. Só ele é capaz de cortar bem um tecido, de montá-lo e costurá-lo à mão."


Considerado o grande mestre da alta-costura, o espanhol Cristóbal Balenciaga era uma espécie de arquiteto da costura. A base de sua arte estava na solidez de suas linhas clássicas. Ele acreditava na continuidade do seu trabalho através da temporalidade da moda.

O "belo Balenciaga", como também era chamado, criou várias silhuetas para a mulher, brincando com as proporções e as cores, sempre com resultados surpreendentes.
Vida
 
Cristóbal Balenciaga Esagari nasceu em Guetaria - região basca da Espanha -, no dia 21 de janeiro de 1895. De família pobre, era filho de um pescador e uma costureira.
Em Guetaria, morava a marquesa de Casa Torrès, que foi a grande incentivadora do jovem Balenciaga em sua carreira como estilista. Aos 12 anos desenhou, pela primeira vez, um vestido para a marquesa. A partir daí, começou a frequentar o ateliê de um alfaiate madrileno, com quem aprendeu alfaiataria.
Em 1915, abriu sua primeira casa de costura em San Sebastian, cidade próxima à sua. Seu sucesso não demorou a chegar e, em pouco tempo, se transferiu para Madri. Em 1936, decidiu se mudar para Paris e, em agosto do ano seguinte, apresentou sua primeira coleção.
Dez anos antes do "New Look" de Dior, que viria revolucionar a moda da época, as criações de Balenciaga começaram a atrair as damas da sociedade e atrizes famosas para sua maison, que ficava no número 10 da avenida George 5º, em Paris.
A experiência adquirida em alfaiataria permitia que o espanhol não só desenhasse seus modelos, mas também os cortasse, armasse e costurasse, o que não é comum aos estilistas, que em geral apenas desenham suas criações.
A perfeição nas proporções conseguida por Balenciaga em seus modelos aproximava sua arte da arquitetura. Considerado o grande mestre da alta-costura, seu estilo elegante e severo, às vezes dramático, tornaram inconfundíveis suas criações.
Em 1939, lançou o corte de manga com a aplicação de um recorte quadrado e uma linha de ombros caídos, com cintura estreita e quadris arredondados. No ano seguinte, apresentou o seu primeiro vestidinho preto, com busto ajustado e quadris marcados por drapeados, além de abrigos impermeáveis em tecidos sintéticos.
Em 1942, as jaquetas largas e as saias evasês compunham a chamada "linha tonneau". O primeiro paletó-saco e os redingotes com mangas-quimono surgiram em 1946. Suas coleções de 1947 e 1948 tiveram inspiração espanhola, com elegantes vestidos e boleros de toureador para a noite.
Seu primeiro perfume, "Fruites des Heures" foi criado em 1948.
Em 1949, fez mantôs muito largos e, em 1950, vaporosos e retos, além do vestido-balão.
Balenciaga viveu o auge de sua fama e criação durante os anos 50, começando em 1951, mudando a silhueta feminina ao eliminar a cintura e aumentar os ombros, num talhe muito acentuado.
Em 1955, criou o vestido-túnica e, em 1956, subiu as barras dos vestidos e casacos na frente, deixando-as mais compridas atrás, além do primeiro vestido-saco. Em 1957, apresentou o vestido-camisa. A linha "Império" foi criada em 1959 e veio com a cintura alta para os vestidos e os mantôs em forma de quimonos.
Durante os anos 60, Balenciaga criou casacos soltos, amplos, com mangas-morcego e, em 1965, apresentou os primeiros impermeáveis transparentes em material plástico. Sua última coleção foi lançada na primavera de 1968 - ano em que se aposentou e fechou sua maison - e mostrou jaquetas largas, saias mais curtas, vestidos-tubo e muitas cores.
Balenciaga era considerado purista e classicista. Seu estilo ainda é lembrado pelos grandes botões e pela grande gola afastada do pescoço.
Morreu, aos 77 anos, no dia 24 de março de 1972, em Javea, na costa espanhola do Mediterrâneo.
Fonte:http://almanaque.folha.uol.com.br/balenciaga.htm

Primeiro dia

Escrever sobre moda talvez seja algo agradável, quando escrevemos algo que gostamos. Gosto de moda, mas tem dias que é muito banal fazer parte de um cotidiano onde a vaidade e o artificialismo imperam na busca do diferencial. Adoro moda, pensar moda. Lidar diariamente com esse meio me faz refletir muitas vezes por dia sobre a sociedade também. A partir de hoje, procurarei refletir sobre fatos, imagens, pessoas e modas que me inspirem. E me lembro de Pierre Cardin: a função da moda é sair da moda.